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5 de Agosto, dez anos sem Dom Jaime

ELIEL DINIZ com Dom Jaime

Vida religiosa

Muito além da igreja, Dom Jaime Luiz Coelho teve uma grande participação na história de Maringá desde os primórdios de sua criação e desenvolvimento.

Nascido na cidade de Franca, no norte do Estado de São Paulo (em 26 de julho de 1916), fez o seminário em Campinas e estudou filosofia e teologia, no Seminário Central do Ipiranga, na cidade de São Paulo.

Sua ordenação foi na catedral de Ribeirão Preto. Por lá ficou e exerceu vários cargos como vigário cooperador, secretário geral do bispado e chanceler da Cúria.

Em 1944 foi designado cura da catedral. Aos 40 anos de idade ele foi designado bispo da recém-criada diocese de Maringá (em 1956). Foi um encargo lhe atribuído pelo então Papa Pio XII. Ele nunca havia ouvido falar em Maringá, chegou a procurar no mapa, mas não encontrou.

Participação na

Há alguns anos, em uma conversa descontraída com o jornalista Eliel Diniz (foto) disse que queria registrar suas histórias em um livro, pensando nos benefícios da Lei Rouanet para a edição.

Na Educação

Dom Jaime participou ativamente da fundação da primeira faculdade de Maringá, a de Ciências Econômicas, da qual foi professor de ética e sociologia.

Fundou e dirigiu a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas embrião da atual Universidade Estadual de Maringá. 

Participação social e política

A igreja da cidade era considerada, por ele bem precária, ele não estava acostumado a construções de madeira e achava que ela poderia cair a qualquer momento.

Sempre queria algo melhor para a cidade. E até sua participação em posições políticas ele defendia que o Estado do Paraná deveria ser dividido em dois.

Na região norte defendia a tese que deveria ser o Estado do Paranapanema e o Estado do Paraná ficaria com a porção mais ao sul, continuando com Curitiba como capital. Jaime defendia que esse novo Estado deveria ter Londrina como Capital.

Posição ideológica

Dom Jaime pregava o fim do comunismo e apoiou vários nomes na política local e até mesmo estadual (como Ney Braga para governador).

Nunca permitiu que um integrante de sua igreja (padres) fossem candidatos. Ele foi um grande investidor na cidade, comprando e ganhando terrenos para si e para a igreja.

Dentre seus grandes feitos para a cidade, Dom Jaime Luiz Coelho, se transformou em das principais personalidades da história de Maringá.

Realizações

Foi idealizador e responsável pela construção do monumento símbolo da cidade, a Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória.

Fez a construção da Livraria Católica, depois entregue às religiosas da Sociedade Filhas de São Paulo (Irmãs Paulinas); a transformação do Albergue Noturno, sob direção das Filhas da Caridade, em Albergue Santa Luíza de Marillac; a implantação da TV católica 3º Milênio, fundada pelo padre Gerhard (Geraldo) Schneider; a obra de desfavelamento Núcleo Social Papa João XXIII e a consolidação da Santa Casa de Misericórdia de Maringá, entregue aos cuidados da Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora.

Participação na comunicação

Dom Jaime foi diretor fundador da Folha do Norte do Paraná, que por vários anos foi o principal jornal da cidade. Também foi sócio fundador da TV Cultura de Maringá -que mais tarde passou a transmitir programação da Rede Globo.

Sempre foi articulista em jornais da cidade, mantendo coluna dominicalmente.

Transmissão do cargo

Em 11 de julho de 1997, depois de 40 anos à frente da arquidiocese de Maringá, Dom Jaime entregou o comando daquela região a Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, ficando como arcebispo emérito.

A morte e o testamento

Dom Jaime foi longevo e faleceu no dia 5 de agosto de 2013, aos 97 anos, na cidade de Maringá, vítima de insuficiência renal crônica.

Com sua morte, foi lido um testamento onde Dom Jaime expressou as suas últimas vontades, onde estavam sete versões que foram atualizadas. A última versão foi em 2008 e constava que deixava tudo que possuía para a igreja e outras instituições de caridade.




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